14.11.12

mãos feridas

repara que os poemas que me deste
os poemas que me deixaste
por papéis e por extensões mais
ou menos longas de pele e de
tempo são jogos da forca e
palavras. e não deixam de ser
os melhores poemas de sempre.
que nem notas onde as
tuas mãos tocam. ou quando, no
carro, te apercebes de que o
céu está diferente no sítio onde
toca nas árvores.

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