talvez apareça uma outra mulher em cuja luz consiga descobrir o
rosto, também destruída de tanto reconstruir o coração aos
arrastões, violentamente como um pombo batendo no vidro de um
carro. talvez um dia haja uma falésia, um precipício no lugar
da dor de cabeça e alguma casa possa assemelhar-se a um lar,
alguma cama abrigue sob a coberta as mãos que buscam.
haja sempre mãos que no baixo ventre busquem.
21.1.16
palma das mãos à noite
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1 comment:
Isso é tão lindo, Pedro...
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