18.12.13

prognatismo

o adereço, o artefacto, digamos, compunha-me;
era tão parte de mim como a pele ou os ossos.
houve um animal - uma besta - que morreu,
para que eu envergasse o adereço no pulso, à
vista de todos. "isto és tu?"
sim, isto sou eu, um animal morto, também,
com um custo, um preço, uma economia.
tenho tantas histórias alheias na sintaxe do
meu corpo e todas são mais relevantes que
qualquer cheiro que me tenham dado por momentos.

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