30.3.14

relâmpagos: tangente

escrevi um caranguejo na areia no meio das tábuas
podres e das redes de pesca em decomposição e ele
brilhava no escuro da alma e caminhava de lado
na destruição, triste e com medo e eu quis
protegê-lo mas tinha as mãos cheias de buracos
e como ele fugia da civilização desapareceu na
água como quem se baptiza.

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